Hackers and Painters

#books/nonfiction

Por que eu li esse livro?

Lembro que há muitos anos atrás fiquei interessado por esse livro (não lembro exatamente por qual motivo). O livro é de 2004.

Eu costumo gostar dos artigos que o Paul Graham publica em seu site:
http://paulgraham.com/

Principais Aprendizados

Escolha suas batalhas.

Em tradução livre, o trecho diz o seguinte:

(...) escolha suas batalhas.

Imagine que no futuro exista um movimento para banir a cor amarela. Propostas de pintar qualquer coisa de amarela são denunciadas como "amarelistas", bem como qualquer pessoa suspeita de gostar da cor. Pessoas que gostam da cor laranja são toleradas, mas vistas como suspeitas.

Imagine que você perceba que não há nada de errado com o amarelo. Se você sai por aí dizendo isso, você também será denunciado como um amarelista, e você vai se ver tendo um monte de discussões com os anti-amarelistas. Se o seu objetivo na vida é reabilitar a cor amarela, isso pode ser o que você quer. Mas se você está mais interessados em outras questões, ser rotulado como um amarelista será apenas uma perturbação. Discuta com idiotas e você se torna um idiota.

Esse trecho do livro foi muito libertador pra mim! Parece que ele descreveu com palavras claras algo que eu já praticava meio que sem querer.

Certamente existem infinitos temas e pautas que me incomodam, mas quando eu paro pra pensar "Será que estou mesmo querendo brigar por isso? Quero sacrificar o tempo com minha família para ficar debatendo sobre esse tema?"

Antes de entrar em discussões sobre um tema polêmico, eu me faço as seguintes perguntas:

Essas perguntas me ajudam a não desperdiçar meu tempo me envolvendo em discussões infrutíferas, que muito frequentemente não muda a opinião de ninguém e só gera animosidades desnecessárias.

Citações

Chapter 1: Why Nerds are Unpopular

Sobre condições que encorajam maturidade e respeito mútuo (p.8).

Why is the real world more hospitable to nerds? [in comparison with school] It might seem that the answer is simply that it's populated by adults, who are too mature to pick on one another. But I don't think this is true. Adults in prison certainly pick on one another. [and so adults on social networks] (...)
I think the important thing about the real world is (...) that it's very large, and the things you do have real effects. That's what school, prison [and social networks] (...) all lack. The inhabitants of all those worlds are trapped in little bubbles where nothing they do can have more than a local effect. Naturally these societies degenerate into savagery.

Sobre critérias claros para se obter status em um determinado grupo (p.14).

We have a phrase to describe what happens when rankings have to be created without any meaningful criteria. We say that the situation degenerates into a popularity contest. And that's exactly what happens in most American schools. (...) There is no external opponent, so the kids become one another's opponents.

Chapter 2: Hackers and Painters

Arquitetura vs. Engenharia (p.19).

The border between architecture and engineering is not sharply defined, but it's there. It falls between what and how: architects decide what to do, and engineers figure out how to do it.
What and how should not be kept too separate. You're asking for trouble if you try to decide what to do without understanding how to do it. But hacking can certainly be more than just deciding how to implement some spec. At its best, it's creating the spec - though it turns out the best way to do that is to implement it.

Chapter 3: What you can't say

Pick your battles

When you find something you can't say, what do you do with it? My advice is, don't say it. Or at least, pick your battles.

Suppose in the future there is a movement to ban the color yellow. Proposals to paint anything yellow are denounced as "yellowist," as is anyone suspected of liking the color. People who like orange are tolerated but viewed with suspicion. Suppose you realize there is nothing wrong with yellow. If you go around saying so, you'll be denounced as a yellowist too, and you'll find yourself having a lot of arguments with anti-yellowists. If your aim in life is to rehabilitate the color yellow, that may be what you want. But if you're mostly interested in other questions, being labelled as a yellowist will just be a distraction. Argue with idiots, and you become an idiot.

The most important thing is to be able to think what you want, not to say what you want.