O título da regra é meio auto-explicativo. E faz muito sentido. Costumamos cuidar com mais ênfase das outras pessoas do que de nós mesmos. Portanto, cuidar de nós mesmos como cuidamos de alguém com quem a gente se importa é uma boa abordagem para a vida.
Não sei bem o que isso tem a ver com o título da regra mas o trecho a seguir me lembra o conceito de Flow, mencionado no livro do Mihaly Csikszentmihalyi.
Dominar essa dualidade fundamental é ser equilibrado: ter um pé firmemente plantado na ordem e na segurança e outro no caos, na possibilidade, no crescimento e na aventura. Quando a vida repentinamente se revela intensa, arrebatadora e significativa; quando o tempo passa e você está tão absorto no que está fazendo que sequer percebe -- é nesse exato momento que você está localizado na fronteira entre a ordem e o caos.
O termo "serpente" aqui é uma referência a serpente que ofereceu o fruto proibido para Eva. É uma referência à força que nos leva a cometer atos que nos prejudicam sem que percebamos.
mesmo se tivéssemos derrotado todas as serpentes que nos cercam, ainda assim não estaríamos seguros. Nem estamos agora. Afinal, já vimos o inimigo, e somos ele. A serpente habita nossa alma. (...)
A pior de todas as serpentes possíveis é a eterna inclinação humana para o mal. A pior de todas as serpentes possíveis é a psicológica, espiritual, pessoal e interna. Muro algum, não importa sua altura, vai mantê-la afastada.
É muito melhor tornar aptos os Seres que estão sob seus cuidados do que protegê-los.
a ideia do sacrifício pessoal está profundamente inserida na cultura ocidental (pelo menos até onde o Ocidente foi influenciado pelo cristianismo, que se baseia na imitação de alguém que realizou o ato máximo de auto-sacrifício). Qualquer alegação de que a Regra de Ouro não signifique "sacrifique-se pelos outros" poderá, portanto, parecer duvidosa. Mas a morte arquetípica de Cristo existe com um exemplo de como aceitar a finitude, a traição e a tirania heroicamente, e não como uma diretiva para nos vitimizar em serviço dos outros. Sacrificar-nos para Deus (ou para o bem maior, se preferir) não significa sofrer silenciosa e voluntariamente quando uma pessoa ou organização nos exige mais, de modo reiterado, do que nos é oferecido em troca.
Você é importante para outras pessoas, assim como para si mesmo. Você tem um papel vital a ser exercido no destino em desdobramento do mundo. Você é, portanto, moralmente obrigado a cuidar de si mesmo. (...)
Cuidar de si mesmo da forma que cuidaria de alguém sob sua responsabilidade significa considerar o que seria realmente bom para você. Não é "o que você quer". Também não é "o que o faria feliz". (...) "Feliz" de modo algum é sinônimo de "bom".
Você precisa saber aonde está indo para que limite a extensão do caos em sua vida, reestruture a ordem e traga a força divina da Esperança para o mundo.
Esse trecho me lembrou o segundo hábito em Os 7 Habitos das pessoas Altamente Eficazes, e também o Essencialismo.
Isso me lembra também o famoso trecho de Alice no País das Maravilhas, onde Alice pergunta ao gato que caminho ela deve tomar.
🐱 - Isso depende de para onde você quer ir.
👧 - Qualquer lugar.
🐱 - Então qualquer caminho serve.
Você tem que articular os próprios princípios para que se defenda daqueles que querem tirar vantagens indevidas, para que esteja confiante e seguro enquanto trabalha e se diverte.
Você precisa determinar como agir consigo mesmo para que tenha mais chances de se tornar e permanecer sendo uma boa pessoa. Seria bom fazer do mundo um lugar melhor. O Céu, afinal de contas, não chegará por conta própria. Temos que trabalhar para torná-lo real.