Meu resumo:
Bote sua banca! Diga o que quer e deixe isso claro. Não peça, comunique sua intenção.
Se uma lagosta dominante for seriamente derrotada, seu cérebro praticamente se desconstrói. Então, um novo cérebro, de subordinado, surge - um mais apropriado para sua nova posição inferior. Seu cérebro original simplesmente não é desenvolvido o suficiente para conciliar a transformação que houve de rei para cachorro de rua sem uma dissolução completa e um renascimento.
A relação que faço é que um comportamento mais subordinado é mais apropriado do que o comportamento original de dominante. Isso acontece pois o dominante geralmente nem precisa usar a força, apenas a postura já dá conta do recado.
Há uma menção ao famoso Princípio de Pareto.
Há também uma citação ao que ele chama como "Princípio de Mateus" (Mateus 25:29):
Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas, a quem não tem, até o que tem lhe será tirado.
Uma verdade incontestável da biologia é que a evolução é conservadora. Quando algo evolui, deve ser construído a partir do que a natureza já produziu. Novas características podem ser acrescentadas e características antigas sofrer alguma alteração, mas a maioria das coisas permanece igual.
Interpretei isso como uma apologia a se manter alinhado com as tradições e então alterar/adaptar o que julgar necessário (abordagem que eu concordo). Em oposição a negar tudo (aka niilismo).
Gostei do trecho a seguir, e vejo como um argumento que diz que a natureza/ambiente/contexto está em constante mudança. Portanto algumas "receitas de sucesso" que funcionaram no passado podem não funcionar hoje.
Considerar a natureza como puramente estática resulta em erros graves de entendimento. A natureza "seleciona". É a "aptidão" que é "selecionada". A aptidão é a probabilidade de que dado organismo deixe descendência. O apto é, portanto, a combinação entre o atributo do organismo com a demanda do ambiente. Se essa demanda for conceitualizada como estática, então a evolução é uma série linear infinita de melhorias e a aptidão, algo do qual pode-se infinitamente chegar cada vez mais perto ao longo do tempo. (...)
Por sua natureza, o agente seletor não é estático. A natureza se veste diferentemente para cada ocasião. (...)
A natureza tampouco é simplesmente dinâmica. Algumas coisas mudam rapidamente mas essas estão aninhados dentro de outras que mudam menos rapidamente. (...) As folhas mudam mais rapidamente do que as árvores, e as árvores, do que as florestas. (...) É o caos dentro da ordem, dentro do caos, dentro de uma ordem maior. A ordem mais real é aquela que é mais imutável - e não necessariamente a ordem que é mais facilmente observada. A folha, quando é percebida, pode fazer com que o observador não veja a árvore. A árvore pode fazer com que ele não veja a floresta.
O trecho a seguir me faz pensar num período da minha vida que eu não percebia o quanto nossas relações como sociedade e civilização possuem um toque de "seleção natural".
Hoje eu valorizo mais o "teste do tempo". O fato de que "se um comportamento existe há tanto tempo, ele portanto é relevante".
conceito equivocado: a natureza é algo estritamente segregado de nossas construções culturais que emergiram dentro dela. A ordem que se insere no caos e na ordem do Ser é cada vez mais "natural" conforme perdura por mais tempo. Isso porque "natureza" é "aquilo que seleciona", e quanto mais tempo uma característica tem existido, mais tempo teve para ser selecionada - e para moldar a vida. Não importa se a característica é física, biológica, social ou cultural.
Sobre a importância de se sentir amado:
Se você é julgado pelos seus iguais como de pouca importância, a calculadora restringe a disponibilidade de serotonina.
Sobre a importância da rotina:
Os atos da vida que repetimos diariamente precisão ser automatizados. Eles devem se tornar hábitos estáveis e confiáveis, assim eles perdem sua complexidade e ganham previsibilidade e simplicidade. [isso me lembrou Rápido e Devagar]. Podemos perceber isso mais claramente no caso das crianças, que ficam agradáveis, divertidas e brincalhonas quando seu horário de dormir e comer está estável, e ficam irritáveis, chorosas e desagradáveis quando não está.